Biografia
Gregorio de Matos
Gregório de Matos e Guerra foi um importante poeta colonial brasileiro do século XVII.O maior poeta do barroco brasileiro. Nasceu em 7 de abril de 1633, na cidade de Salvador (Bahia). Gregório nasceu em uma família com o poder financeiro alto em comparação a época,empreiteiros de obras e funcionários administrativos.Em 27 de Janeiro de 1668 teve a função de representar a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672, o Senado da Camâra da Bahia outorga-lhe o cargo de Procurador. A 20 de Janeiro de 1674 é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador. Em 1679 volta ao Brasil quando é nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Medonça para Desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. D. Pedro II, rei de Portugal, nomeia-o em 1682 tesouriro-mor da Sé, um ano depois de ter tomado ordens menores. Em Portugal já ganhara a reputação de poeta satírico e improvisador.
Vida e obras
Era
de uma família rica, formada por empreiteiros e altos funcionários
administrativos. Estudou num colégio Jesuíta da Bahia e depois continuou
seus estudos na cidade de Lisboa e depois na Universidade de Coimbra,
onde se formou em Direito. Neste país fez carreira de jurista.
Ao retornar ao Brasil, passa a viver de trabalhos na área jurídica, mas
também começa sua dedicação à literatura. Passa a escrever sátiras sobre
a sociedade da época. Em função de suas críticas duras aos integrantes
da sociedade (políticos, religiosos, empresários) ganhou o apelido de
“boca do inferno”. Também escreveu poemas de caráter erótico e amoroso.
As autoridades locais começaram a ficar descontentes com as críticas e
passaram a perseguir Gregório de Matos. Preso em 1694, foi deportado
para Angola (África).
Depois de um tempo, ganha a autorização para retornar ao Brasil. Porém, vai viver na cidade de Recife. Nesta cidade, faleceu em 26 de novembro de 1696 de febre que havia contraído em Angola.
Depois de um tempo, ganha a autorização para retornar ao Brasil. Porém, vai viver na cidade de Recife. Nesta cidade, faleceu em 26 de novembro de 1696 de febre que havia contraído em Angola.
Poema
de Gregório de Matos:
A EL REY D. PEDRO II COM UM ASTROLABIO DE TOMAR O SOL,
QUE MANDOU O Pe. VALENTIM STANCEL DEDICADO AO RENASCIDO MONARCA.
Este, Senhor, que fiz leve instrumento
Para pesar o sol a qualquer hora,
Dedico a aquele Sol, a cuja aurora
Já destinam dous mundos rendimento.
Desta minha humildade, e desalento,
Que a sua quarta esfera não ignora,
subindo a oitavo céu, pertende agora
A estrela achar no vosso firmamento.
Eu, que outro sol no seu zenith pondero
Aos do Nascido Soberanos Raios,
Pesando-me eu a mim me desespero.
Mas vós, Águia Real, esses ensaios
Entre os vossos levai, pois considero,
Que nunca em tanta sombra houve desmaios.
Este, Senhor, que fiz leve instrumento
Para pesar o sol a qualquer hora,
Dedico a aquele Sol, a cuja aurora
Já destinam dous mundos rendimento.
Desta minha humildade, e desalento,
Que a sua quarta esfera não ignora,
subindo a oitavo céu, pertende agora
A estrela achar no vosso firmamento.
Eu, que outro sol no seu zenith pondero
Aos do Nascido Soberanos Raios,
Pesando-me eu a mim me desespero.
Mas vós, Águia Real, esses ensaios
Entre os vossos levai, pois considero,
Que nunca em tanta sombra houve desmaios.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/gregorio_matos.htm
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